quinta-feira, 13 de maio de 2010

Deus e o Diabo

Deus e o Diabo

Titas

Deus está debaixo da mesa
O diabo está atrás do armário
Deus está atrás da porta
O diabo está no meio da sala

O que há de errado com meu coração?
O que há de errado?

Deus está lendo jornal
O diabo está dançando
O diabo está fazendo o jantar
Deus está escrevendo uma carta

O que há de errado com meu coração?
O que há de errado?

Deus está sonhando
O diabo está fazendo discurso
Deus está lavando os pratos
O diabo está tocando piano

Deus é o teto da casa
O diabo é a porta dos fundos
O diabo é o chão da cozinha
Deus é o vão da entrada

O que há de errado com meu coração?
O que há de errado?

Deus está debaixo da mesa
O diabo está atrás do armário
Deus está atras da porta
O diabo está no meio da sala

O que há de errado com meu coração?
O que há de errado?

Deus está lendo jornal
O diabo está dançando
O diabo está fazendo o jantar
Deus está escrevendo uma carta

O que há de errado com meu coração?
O que há de errado?
O que há de errado com meu coração?
O que há de errado com meu coração?
O que há de errado?

Batistas uma conversa com Nilo

Caro Nilo,

Essa nossa conversa se iniciou na seguinte postagem http://cristianismoprogressista.blogspot.com/2009/05/universalismo-cristao-uma-breve.html
Por questões de espaço, e mesmo de relevância, decidi responder seu questionamento aqui, em separado.

Devo, antes de tudo, enfatizar que a visão que tenho dos batistas brasileiros (dos vários grupos que existem) é aquela de alguém que vê a partir de uma perspectiva externa, já que não tenho contato formal com comunidades batistas brasileiras. Tenho uma forte ligação (institucional mesmo) com os batistas gerais britânicos (que como afirmei antes, são unitaristas), e com o movimento progressista batista nos Estados Unidos, devido a minha ligação com a Alliance of Baptists.

O que diferencia os batistas gerais unitaristas dos batistas "gerais" brasileiros? Esta não é tão fácil assim de responder. Ou talvez seja! A diferença básica está na "lealdade" (por falta de uma expressão melhor) à tradição batista, falta essa muito presente na maioria dos assim chamados batistas hoje em dia.

Em um livro que considero interessantíssimo, The Baptist Identity, escrito por Walter Shurden, publicado em 1993 e ainda não traduzido ao português, o autor discute alguns dos princípios históricos batistas e a situação atual do movimento batista americano com relação a esses princípios. Muitas das coisas discutidas ali são válidas para o movimento batista aqui no Brasil.

Em seu livro, Shurden - diretor executivo do Centro Para Estudos Batistas da Universidade de Mercer, EUA - discute o que ele chama de quatro frágeis liberdades, que representam a base do movimento batista: 1) Liberdade Bíblica - que significa ter livre acesso às Escrituras, estar livre de restrições dogmáticas para a sua compreensão, e ter acesso à liberdade de interpretação individual das Escrituras; 2) Liberdade Espiritual - que significa não sofrer imposições doutrinárias, interferências clericais, ou intervenção do governo civil em nossa relação com Deus; 3) Liberdade Eclesiástica - ou seja, liberdade das igrejas individuais (congregações) com relação a quaisquer autoridades denominacionais; 4) Liberdade Religiosa - ou seja, a absoluta separação entre igreja e Estado.

Essas liberdades citadas por Shurden são um resumo do que significa ser batista, e se você atentar bem para esses "princípios" (percebe a linguagem? não doutrinas, mas "princípios", como nós unitaristas falamos!), verá que são os mesmos princípios defendidos pelos Batistas Gerais da Grã-Bretanha - da mesma forma como são os mesmos princípios defendidos pelos Unitaristas, pelos Universalistas, pelos Presbiterianos Não-Subscritos da Irlanda do Norte, e por muitos outros grupos protestantes pelo mundo afora. O interessante é que esses batistas que se mantêm fiéis à sua antiga tradição de liberdade é que são acusados de heresia, enquanto aqueles que, por muitas razões que não poderia discutir agora, abraçaram uma forma dogmática de definir sua fé que entra em conflito com as mais nobres tradições batistas são vistos como os "verdadeiros" batistas, os ortodoxos! É fascinante ver como os valores foram mudados e as perspectivas completamente alteradas. Isso obviamente não ocorreu apenas entre os batistas, já que ocorre entre outros grupos, mais marcadamente no meu próprio berço anglicano!

Agora faça uma comparação entre esses princípios e o que se ensina nas igrejas batistas brasileiras; faça uma real comparação. Será que os batistas brasileiros são ensinados a interpretar as escrituras de maneira individual, mesmo que essa interpretação entre em conflito com a mente da comunidade da qual são parte? São os batistas brasileiros realmente livres de imposições doutrinárias e clericais para se relacionarem com Deus, ou seja, podem entrar em conflito com seus ministros e igrejas sem serem punidos por isso? O que acontece com uma congregação que seja parte de uma associação ou denominação batista qualquer e tenha uma visão que entre em conflito com aquela defendida pela maioria? Os batistas brasileiros têm defendido suficientemente a distinção entre igreja e estado no Brasil, ou têm se aproveitado para chegar ao poder fazendo uso de instrumentos religiosos?... Não posso responder essas perguntas por você, mas tenho certeza que verá a diferença entre o que se ensina na maioria das igrejas batistas no Brasil e o que se ensina em igrejas batistas gerais, já que as últimas se mantêm fiéis a esses PRINCÍPIOS a qualquer custo. Também é importante que eu diga que esses princípios (até certo ponto) são reconhecidos e abraçados por grupos batistas no Brasil (estou agora pensando na Convenção Batista Brasileira).

Espero que possamos conversar um pouco mais sobre isso, e convido outros batistas a entrarem na discussão.

Paz e Feliz Páscoa!

Rev. Gibson da Costa

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Filantrópico (Titas) e a Ambiguidade humana de cada dia

Filantrópico

Filantrópico
Samaritano
Generoso
Tão humano
Acumulando raiva e rancor
Altruísta
Complacente
Caridoso
Tão gente
Acumulando raiva e rancor
Amando o próximo
Dizendo a verdade
Se arrependendo
Dando a outra face
Acumulando raiva e ranco

Sobre o Cristianismo (Antônio.G.Mendonça)


" O cristianismo tem de ser uma religião para sustentar o homem no mundo, neste mundo, não naquele do "faz de conta". Viver no mundo com amor, pois que na eternidade, no mundo previsto e imutável, o amor não é necessário. O amor só existe onde estão a carência e o sofrimento e, por isso, Deus, sendo amor, tem de estar sempre presente no mundo em que os homens vivem. Ser cristão é viver no mundo em que os homens vivem. Ser cristão é viver no mundo e para o mundo, não contra o mundo, porque ser contra e se afastar é ausência de amor". Dr Antônio Gouvea Mendonça.

O Cio da Terra


O Cio da Terra


Composição: Milton Nascimento / Chico Buarque

Debulhar o trigo
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão
E se fartar de pão

Decepar a cana
Recolher a garapa da cana
Roubar da cana a doçura do mel
Se lambuzar de mel

Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, a propícia estação
E fecundar o chão

Música e Espiritualidade


EM Nome do Deus- Nilton Nascimento

Em nome do Deus de todos os nomes
-Javé
Obatalá
Olorum
0ió.

Em nome do Deus, que a todos os Homens
nos faz da ternura e do pó.

Em nome do Pai, que fez toda carne,
a preta e a branca,
vermelhas no sangue.

Em nome do Filho, Jesus nosso irmão,
que nasceu moreno da raça de Abraão.
Em nome do Espírito Santo,
bandeira do canto
do negro folião.

Em nome do Deus verdadeiro
que amou-nos primeiro
sem dividição.

Em nome dos Três
que sao um Deus só,
Aquele que era,
que é,
que será.

Em nome do Povo que espera,
na graça da Fé,
à voz do Xangô,
o Quilombo-Páscoa
que o libertará.

Em nome do Povo sempre deportado
pelas brancas velas no exílio dos mares;
marginalizado
nos cais, nas favelas
e até nos altares.

Em nome do Povo que fez seu Palmares,
que ainda fará Palmares de novo
-Palmares, Palmares, Palmares
do Povo!!!